Caminho de Santiago Português a partir de Lisboa,
Oporto, Tui e Valença

A origem do Caminho de Santiago Português, assim como outras rotas do Caminho de Santiago, remonta à descoberta dos restos do Apóstolo Santiago Maior no ano de 813. Durante a Alta Idade Média, outras rotas, como o Caminho Francês, viveram seu momento de esplendor; no entanto, o Caminho de Santiago Português teve um início mais discreto.

Após a descoberta dos restos pelo bispo Teodomiro, da diocese de Iria Flavia, o rei Afonso II ordenou a construção de uma igreja no local onde foi feito o achado, onde hoje se encontra a Catedral de Santiago de Compostela. A partir desse momento, numerosos cristãos da Europa e de Portugal começaram sua peregrinação a Santiago de Compostela.

Assim como em outras rotas do Caminho de Santiago, o traçado do Caminho de Santiago Português se formou a partir de antigas estradas e trilhas herdadas da época romana.

Este Caminho começou a ter certa importância no século XII. As diferentes rotas do Caminho de Santiago não são apenas rotas de peregrinação, mas também importantes rotas comerciais que conectam pontos de vitalidade especial para o comércio e a produção medieval. Assim, também serviram para estabelecer intercâmbios culturais entre Portugal e Galícia após a independência.

A partir do século XIV, no entanto, o número de peregrinos em geral diminuiu em toda a Europa e só no século XX o Caminho de Santiago Português experimentaria um renascimento, especialmente quando em 1987 o Conselho da Europa declarou o Caminho de Santiago como a primeira rota cultural da Europa. Mais tarde, em 1993, o Caminho foi declarado Patrimônio Mundial pela UNESCO.

Hoje em dia, o Caminho de Santiago Português é reconhecido internacionalmente como um dos trilhos históricos para caminhar mais importantes do mundo.